Qualidade de água em sistemas de reservação e distribuição predial na cidade do Rio de Janeiro
Qualidade de água em sistemas de reservação e distribuição predial na cidade do
Rio de Janeiro
Carlos Alberto Silva Miranda*
Teófilo Carlos do Nascimento Monteiro*
Foi realizada uma avaliação dos resultados de boletins de análise bacteriológica fornecidos pela Fundação
Estadual de Engenharia do Meio Ambiente e pela
Escola Nacional de Saúde Pública nos anos de 1985 e 1986, suscitada pelo mau estado de conservação e de limpeza dos sistemas de distribuição e reservação de água de considerável número de prédios na Cidade do Rio de Janeiro.
O trabalho visa mostrar a necessidade de uma pesquisa mais detalhada a fim de fornecer parâmetros que alertem as autoridades municipais quanto à necessidade de um regulamento que obrigue a limpeza e desinfecção destes sistemas por ocasião do Habite-se e com periodicidade a ser determinada em prédios já habitados.
Recomenda-se, ainda, que a comprovação do serviço acompanhe laudo de análise por profissional habilitado. 1. INTRODUÇÃO
* Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Escola Nacional de Saúde Pública — Fundação Oswaldo Cruz
O presente trabalho tem como objetivo principal alertar as autoridades e órgãos competentes para a necessidade de um maior controle da qualidade bacteriológica das águas dos sistemas prediais da cidade do Rio de Janeiro.
Muito embora a água que abastece cerca de 80% da cidade do Rio de Janeiro seja proveniente da Estação de Tratamento de Água do Guandu (CEDAE) e os 20% restantes de outras fontes (CEDAE), que é de qualidade bacteriológica considerada boa, qual seja, dentro dos limites estabelecidos pelos padrões de potabilidade (NB19 / Bsb 56/M.S.), a preocupação que nos levou a elaborar este trabalho não foi o questionamento da qualidade da água fornecida pela CEDAE, mas sim, do seu ponto de entrada nos sistemas prediais e/ou residenciais, envolvendo caixas d'água, cisternas e redes de distribuição até a saída nas torneiras, onde são usadas pelos