Qualidade de Vida no Trabalho: uma revisão da produção científica de 1995-2009
A qualidade de vida no trabalho é uma temática bastante discutida dentro dos campos da administração e da psicologia e, por este motivo, é reconhecido por sua complexidade de estudo e pela sua diversidade conceitual. Esse tema é considerado bem atual, pois em tempos passados não havia uma preocupação com a QVT, já que os trabalhadores deveriam ser adaptados ao seu trabalho, sem haver mudança na fonte do descontentamento. Dessa forma, a presente pesquisa, realizada por Luiza Ferreira Rezende de Medeiros e Mário Cesar Ferreira, conseguiu obter algumas noções de QVT conceitualizadas na literatura internacional clássica e na atualidade. O precursor dessa abordagem científica de QVT chama-se Walton (1973) que caracterizou-a como a humanização no ambiente de trabalho e que para avaliar a QVT, deveria haver uma concentração em 8 fatores, sendo eles a compensação justa e adequada, as condições de trabalho, o uso e desenvolvimento das capacidades, as chances de crescimento e de segurança, a integração social na empresa, o constitucionalismo, o trabalho e espaço total de vida e, por fim, a relevância do trabalho. Outros precursores dessa abordagem foram Hackman e Oldham (1975) que caracterizaram-na como o grau de bem-estar do indivíduo em relação aos aspectos diversos do seu trabalho. Esses estudiosos propuseram o chamado "Modelo das Dimensões Básicas da Tarefa", o qual aproxima os atributos da tarefa à produtividade, à motivação, às diferenças individuais e à satisfação do trabalhador. É notória, portanto, a preocupação desses modelos conceituais clássicos com uma perspectiva de QVT que recai sobre a produtividade. Uma pesquisa realizada por Souza e Bastos, em 2009, atentou-se para dois tipos de noções de QVT: abrangente e restrita. A noção abrangente implica em programas igualmente amplos que tendem a enfatizar ações em saúde e em desenvolvimento profissional. Essa noção tenta