Qualidade de vida em criança
A Unicef aponta desigualdades regionais que precisam de atenção. Taxa de mortalidade e a falta de acesso à educação são realidades que ainda devem ser combatidas
Em 2000, diversos países inclusive o Brasil se comprometeram a atingir oito metas relacionadas aos direitos humanos, os chamados “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, que devem ser alcançados até 2015. Entre os objetivos, há dois que são diretamente relacionados às crianças: reduzir em dois terços a mortalidade infantil e universalizar a educação primária.
Para monitorar o andamento dessas metas, são elaborados relatórios nacionais a cada dois anos, e com base neles um relatório mundial é feito pela ONU (Organização das Nações Unidas). O relatório mais recente foi divulgado em setembro de 2007, com dados colhidos até o ano de 2005, e mostra os progressos, as dificuldades e as ações dos governos para alcançar as metas.
Segundo os dados do último relatório, o Brasil reduziu a mortalidade infantil em 46,4% entre 1999 e 2005, com média nacional de 28,7 mortes por mil nascidos vivos. Numa avaliação do desempenho até agora, somos apontados como um dos sete países, dentre os 60 pesquisados, que têm condições de atingir a meta desse objetivo.
O documento brasileiro cita como fatores que contribuíram para este avanço o aumento da vacinação das crianças, a ampliação dos serviços de saúde e de pré-natal, a redução da taxa de fecundidade, a melhoria das condições de vida da população e o aumento da escolaridade das mães.
Mas as dificuldades continuam, e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) aponta desigualdades regionais que precisam de mais atenção, como a propagação do HIV (na África Meridional) e a alta mortalidade entre crianças que vivem em áreas rurais. No Brasil, as diferenças se expressam por regiões, pois a mais alta taxa de mortalidade registrada, na região Nordeste (31,6 por mil), é maior que o dobro da taxa registrada nos estados do Sul