O empreendedorismo segundo schumpter
Wilson Trevisan Trevisan, Maria Cristina Sanches Amorim, Flávio Morgado
Resumo
O objetivo do artigo é analisar o uso do termo empreendedorismo na literatura sobre gestão organizacional. A discussão do empreendedorismo e do chamado empreendedorismo corporativo (ou, intra-empreendedorismo) é apresentada a partir das definições pioneiras de economistas, com destaque a Joseph Alois Schumpeter, e do sociólogo Wright Mills. Esses são cotejados com as contribuições de autores do campo de gestão das organizações. O exame da literatura mostra que o uso da expressão empreendedorismo, nascida no contexto da revolução industrial, a partir do final do século XX, foi ampliado para compreender comportamentos nas grandes organizações, aproximando-se de temas como liderança e motivação. Na versão pioneira, empreendedor é exclusivamente o empresário que arrisca seu capital; na versão para as corporações, é o burocrata oportunista descrito por Mills ou, o líder motivado que arrisca capital alheio. 2. EMPREENDEDORISMO
De uma maneira geral, pode-se dizer que existe relativa divergência de opiniões a respeito do termo empreendedor. Os pesquisadores costumam definir os empreendedores partindo de suas conclusões individuais que foram concretizadas através de suas disciplinas. Devido a esses fatos, alguns estudiosos associam os empreendedores à capacidade de inovação (os economistas), enquanto outros associam com relação aos aspectos mais criativos e intuitivos (os comportamentalistas). O campo do empreendedorismo apresenta nos dias atuais, ampla pesquisa e possui muitas publicações especializadas sobre o assunto, e tendo em vista o grande interesse pelo tema, muitas áreas de especialização têm surgido e com muitas variações presentes em seus estudos. De qualquer forma, devem ser salientadas as diferenças existentes na literatura, para que ocorra o real entendimento do conceito de empreendedor.
Observa-se