Qual o real valor de uma empresa?
Qual é o real valor de uma empresa: o que o mercado está disposto a pagar ou o seu valor de patrimônio que aparece no balanço? Essa é uma questão que está deixando os contadores de cabelo em pé. E diante disso, para que serve o balanço se existe uma diferença tão grande entre esses dois pontos?
A grande diferença entre o que a empresa vale e os números que aparecem em seu balanço não vêm de hoje. Isso acontece, pois a função do balanço não é contabilizar quanto uma empresa vale, mas sim se ela está dando lucro ou não. A questão é que, principalmente no mundo de hoje, o valor de uma empresa e seus investimentos não estão somente em bens tangíveis, como máquinas e equipamentos, mas sim em bens intangíveis, como investimento em pesquisas e novas tecnologias. E é exatamente isso que faz o valor de uma marca valorizar ou desvalorizar tão facilmente. Em mundo em que as informações estão acessíveis para a maior parte das pessoas, o que as possibilita ter uma visão mais crítica, as empresas devem investir cada vez mais em entender o que seus clientes buscam e terem destaque diante da grande concorrência. Isso fará com que ela ganhe destaque no mercado, o que irá valorizar seu valor acionário.
O grande problema é que apesar disso ser um fato da realidade da Nova Economia, o balanço realizado utiliza as mesmas “regras” de quando surgiu e nesse balanço tradicional, os bens intangíveis só passam a ter valor contábil quando entra e sai dinheiro do caixa. Com isso, os investimentos feitos em pesquisas e tecnologia entram somente como gasto.
Uma forma mais clara de visualizar essa questão é imaginar que as despesas da construção de uma fábrica são lançadas com base no tempo estimado que se espera que seja a vida dessa empresa, ou seja, o valor será dividido em parcelas, enquanto o marketing será lançado apenas como despesa. Mas se a fábrica é um investimento a longo prazo, o marketing também não deveria ser? Não é ele que irá buscar as