Pós Graduação
Para Cunha, a definição do TGD engloba três núcleos de transtornos no desenvolvimento: qualitativo da relação; alterações da comunicação e da linguagem; falta de flexibilidade mental e comportamental.
De acordo com Silva, Herrera e Vitto (2007), transtornos globais do desenvolvimento (TGD) referem-se aos transtornos que se caracterizam por prejuízos severos e invasivos em diversas áreas do desenvolvimento, como por exemplo, as habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação e presença de comportamentos, interesses e atividades estereotipados. Os prejuízos qualitativos representam um desvio em relação ao nível de desenvolvimento do indivíduo, afetando sua adaptação social, educacional e de comunicação. O autor ainda relata que fazem parte desta categoria o transtorno autista, o transtorno de Asperger, transtorno de Rett e os transtornos desintegrativos da infância. Normalmente, as alterações se manifestam nos primeiros anos de vida e podendo ser associadas a alterações neurológicas ou quadros sindrômicos, variando em grau e intensidade de manifestações. Sonza (2010) também afirma que são consideradas pessoas com TGD aquelas que apresentam "alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo". Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Oliveira relata em seu trabalho que, a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (art. 1º) define que, “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.”. Segundo o autor, este conceito parte da ideia de que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras atitudinais e ambientais