Pé diabetico
Definido pela OMS como “situação de infecção, ulceração ou também destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica, nos membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus”. Pode ser classificado em pé neuropático, isquêmico ou neuro-isquêmico. O tratamento e acompanhamento de lesões nos pés demanda uma equipe multidisciplinar e requer adequada adesão do paciente.
O tempo para total cicatrização das lesões em geral é longo, requer consultas e curativos frequentes e a educação dos pacientes é fundamental para obter boa resposta ao tratamento e, mais importante, prevenir novas lesões.
A avaliação dos pés objetiva tem por objetivo identificar fatores de risco para ulceração e deve incluir: -inspeção dos pés: textura, coloração (palidez,cianose ou hiperemia), e grau de hidratação da pele, presença de rachaduras ou hiperceratose, micose interdigital ou onicomicose, deformidades (halux valgo, desabamento do arco plantar, dedos em martelo, dedos em garra, joanetes, calosidades, neuroartropatia de Charcot), lesões de pele (mal perfurante plantar, ulcerações, áreas de celulite)
• Palpação de pulsos periféricos, temperatura cutânea (frialdade, calor)
• Exame neurológico: avaliação de sensibilidade tátil, térmica, dolorosa, vibratória, protetora plantar (através do monofilamento de 10g).
A inspeção dos pés também deve ser realizada diariamente pelo próprio paciente ou familiar. Orientações sobre cuidados gerais, calçados adequados, prevenção de acidentes e lesões deve ser fornecida pela equipe de saúde.
Princípios do tratamento de feridas de pé diabético
Segundo os artigos: Practical guidelines on the management and prevention of the diabetic foot.[5] e Diabetic foot disorders: a clinical practice guideline (em inglês) , baseados no consenso internacional sobre pé diabético (1997) e preparados por grupos de trabalho distintos, o tratamento de pacientes com