putting leadership back into strategy
O conceito de estratégia tem vindo a alterar-se ao longo do tempo, sendo cada vez mais usado como uma forma de obter uma vantagem estratégica, isto é, analisar o ambiente em que a empresa se insere e posicionar-se de maneira a obter uma vantagem competitiva, recorrendo a novas ferramentas que vieram conferir maior riqueza ao processo de análise estratégica. Este focus crescente no plano competitivo fez com que a estratégia deixasse de assumir uma postura mais dinâmica no desenvolvimento da empresa ao longo do tempo. Para resolver este problema é necessário encarar a estratégia de uma maneira diferente, que requere liderança continua e não periódica.
Há cinquenta anos atrás a estratégia era reconhecida como a maior responsabilidade de um CEO, ficando a seu cargo tanto a formulação e implementação. Esta perspectiva contribuiu para que factores como a importância da diferenciação ou o efeito das forças de mercado na sustentabilidade e rendibilidade da empresa, adquirissem maior relevância. No entanto esta sobreposição resultou numa redefinição das ferramentas de estudo da estratégia, surgindo assim novas áreas em torno da estratégia, tais como Corporate-planning e empresas de consultoria, que vieram enriquecer o “kit” de ferramentas disponíveis. Em contrapartida com o ganho de profundidade, a implementação perdeu importância, isto é, tornou-se mais importante formular a ideia acertadamente do que “vivê-la” na empresa. O estudo da estratégia também sofreu alterações nas universidades, onde os departamentos de gestão foram substituídos por grupos estratégicos que não deram a devida importância ao papel do líder da empresa no processo de definição e implementação de estratégias.
Fundamentalmente a noção perdida foi a de que é a estratégia que define a empresa e a sua identidade, e por isso o seu maior foco deve ser em procurar a melhor maneira de adaptar