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A arte de fazer um jornal diário
Resenha
Capitulo I
A imprensa existe para satisfazer os aflitos e afligir os satisfeitos.
É inegável que o futuro dos jornais está bem comprometido. Donos de jornais e os próprios jornalistas aceitaram o fim do jornal impresso. Ou então são burros. Acabar com os jornais impressos talvez não seja a real intenção deles, pois tanto os jornalistas quanto os donos ficariam sem seus negócios, seus empregos. Mas a falta de motivação de ambas as partes se torna irritante. Jornais sem estimulo para a leitura, empresas mal administradas. A internet é sim uma grande vilã para o fim do jornalismo impresso, mas não o impede totalmente. Há pessoas que preferem ter o prazer de pegar no papel e ler e outras que simplesmente querem praticidade. Mas parte dos jornalistas produzirem um bom material e, mais ainda, das empresas, que são responsáveis pela distribuição e venda. Os leitores acham que o cardápio de assuntos dos jornais está mais de acordo com o gosto dos jornalistas do que com o gosto deles. E que a visão que os jornalistas têm da vida é muito distante da visão que eles têm. Nada disso, porém, parece abalar os jornalistas e os donos de jornal. Eles se comportam como se soubessem, mais do que os leitores, o que estes querem, têm obrigação de querer ou devem deixar de querer. No caso brasileiro, acrescente-se ao rol das queixas a cobrança por jornais mais baratos. Os nossos são muito caros. E é pequeno o publico disposto a pagar por eles.
Infelizmente, os jornais impressos morrerão e não me arrisco a dizer quando. Que viva, pois, o jornalismo! Porque pouco me importa a forma que os jornais venham a tomar no futuro, pouco importa se alguns deles acabarão preservados como espécies de relíquias, o homem sempre precisará de informações.
Capitulo II
Um jornal é ou deveria ser um espelho da consciência critica de uma comunidade em um determinado espaço de tempo. Um espelho que reflita com nitidez a dimensão aproximada ou real dessa