Psicotrópicos americanos: usos e mitos

2287 palavras 10 páginas
PSICOTRÓPICOS AMERICANOS: USOS E MITOS
Daniel Dias Michellon1
Marcelo Ló2
Resumo: Utilizadas quase na totalidade da América, as substâncias psicoativas foram em uma grande variedade de formas utilizadas, tanto em formas quanto em objetivos, buscando analisar as relações entre os mitos e a religiosidade dos povos nativos. Contrastando também a visão europeia quando se depararam com uma religião muito diferente da conhecida por eles.
Palavras-chaves: psicotrópicos; povos americanos; religiosidade; etnocentrismo.

1. Introdução
“Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: Infinito.” William Blake apud Aldous Huxley, As Portas da Percepção. Entre o Céu e o Inferno.(1954)

Buscamos por meio deste artigo realizar uma análise referente ao uso de drogas psicotrópicas pelos povos pré-colombianos ressaltando que não utilizamos de conceitos pejorativos. Estas também utilizadas para rituais Xamãs onde podemos colocar como uma forma de expressão que caracterizaria uma aproximação com os deuses ou experiências visionais futuristas onde essa “expansão mental” revelaria ações que deveriam ser tomadas. Essas experiências caracterizam as formas com que essas populações se relacionavam com a natureza, com seus mitos e suas compreensões sobre o mundo e o local onde habitavam.
Essas formas de rituais tiveram (e ainda tem) uma repressão muito grande, de carácter religioso (no começo da colonização) e nos dias contemporâneos uma dominação ideológica e política que trata os psicotrópicos como algo pejorativo, criando um tabu por seu aspecto subversivo, onde muitas vezes é relacionado com degeneração pessoal e principalmente por sua característica de fazer dos usuários pessoas não adaptadas a forma de vida produtiva, que a organização social predominante tem como a ideal para a vida das pessoas.
Abordaremos então o uso dos psicotrópicos por parte dos povos pré-colombianos, nas diferentes regiões da América, descrevendo

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