Psicologia e Sociologia do Trabalho
Locke descobriu que trabalho era a fonte de toda a propriedade. Após isso, Adam Smith afirmou que o trabalho era a fonte de toda a riqueza. Seu auge foi quando Marx considerou o “sistema de trabalho” como fonte de toda a produtividade e expressão da humanidade do homem.
Com essa transformação positiva do significado dessa palavra e com o surgimento da fábrica mecanizada, a maquinaria dava poder ilimitado à produtividade humana.
Engels, em 1844, afirmou: “A invenção da máquina a vapor e da máquina para trabalhar o algodão deu lugar como é sobejamente conhecido a uma Revolução Industrial, que transformou toda a sociedade civil”.
Com os rígidos padrões do trabalho organizado, os homens pobres eram submissos aos mandos do patrão. Dessa forma, o tempo útil de trabalho serviu como porta de entrada do homem pobre para o mundo burguês.
Edgar começa a discutir então que as relações de mercado vão muito mais além de determinações econômicas. Ele afirma que mercado ou divisão social do trabalho não significa maior ou menor produtividade, mas sim apropriação dos saberes que supõem a imposição de normas e valores próprios.
Autodisciplina e crítica à ociosidade são exigências para o comerciante na esfera do mercado. Aos poucos, o discurso moralizante sobre esse comportamento deixa de afetar exclusivamente o mercador e começa a atingir todas as esferas da sociedade por prescrever uma nova disciplina. Isso da uma ideia de como normas e valores determinaram a imagem do tempo como moeda no mercado de trabalho. Ou seja, a ideia de “tempo é dinheiro”.