Psicologia Juridica
A Psicologia e o Direito são áreas do conhecimento científico voltadas para a compreensão do comportamento humano. O que as difere é que a Psicologia volta-se ao mundo do ser, tendo como ponto de análise os processos psíquicos conscientes e inconscientes, individuais e sociais que governam a conduta humana. Já o Direito, volta-se ao mundo do dever ser, e supõe a regulamentação e legislação do trabalho interdisciplinar entre médicos, advogados, psiquiatras e psicólogos jurídicos (ROVINSKI, 2004, p. 11).
A Psicologia Jurídica advém da evolução conjunta do Direito com a Psicologia. Concebida para suprimir as controvérsias no campo da psique, trazidas ao Judiciário, no que se refere aos conflitos emocionais e comportamentais, através de laudos e pareceres que servem de instrumentos indispensáveis para que o juiz possa aplicar a justiça (SILVA, 2003, p. 5).
A Psicologia faz interface com o Direito e necessita demarcar seu espaço de atuação; para tanto, vale-se de outros conhecimentos já construídos da Psicologia para aliar seu trabalho ao do Judiciário, buscando uma atuação psicojurídica a serviço da cidadania, respeitando o ser humano. Desta forma, embora haja muito ainda a caminhar e construir enquanto identidade profissional, a Psicologia Jurídica atua ao lado do Direito em diversas formas: no planejamento e execução de políticas de cidadania, observância dos direitos humanos e combate à violência, orientação familiar, entre outras (SILVA ET AL., 2001, p. 115).
A Psicologia Jurídica tem como objeto de análise os comportamentos complexos que ocorrem ou podem vir a ocorrer, sendo que esses comportamentos devem ser de interesse do jurídico. Dessa forma, há a qualificação da Psicologia como Jurídica, uma vez que estudar comportamentos é uma das tarefas da Psicologia. Então, por jurídico, compreende as atividades realizadas por psicólogos nos tribunais e fora dele, as quais dariam aporte ao mundo do direito. Portanto, a especificidade da Psicologia