Psicologia hospitalar
Elisa Kern de Castro; Ellen Bornholdt
As autoras do artigo levantam questões acerca da prevalência da psicologia hospitalar no Brasil, da prática clínica e sobre qualidade de formação na graduação e pós-graduação dos profissionais em Psicologia. A partir dessa base, elas apontam as deficiências e incongruências que existem entre a atuação de psicólogos e as reais demandas da sociedade; afirmam que a formação para profissionais que venham a atuar na área da saúde é insuficiente, o que reflete num despreparo nas ações que demandam atividades sanitaristas e sociais, já que muitos profissionais se equivocam ao cobrir essas demandas com o modelo clínico de atendimento.
Considerando que somente no Brasil existe a Psicologia Hospitalar, as autoras entendem que esta deve se incluir na prática da Psicologia da Saúde, pois ambas tratariam de assuntos referentes às implicações psicológicas, sociais e físicas da saúde de da doença, numa atuação coletiva de prevenção e intervenção.
No Brasil, há a falta de pesquisas na área de políticas de saúde e de questões relativas à prevenção na saúde coletiva, o que dificulta a atuação e incorporação de psicólogos em maiores possibilidades no mercado de trabalho. A formação ideal seria composta por conhecimentos sobre bases biológicas, sociais e psicológicas da saúde e doença; e o profissional do âmbito hospitalar estaria capacitado tanto para desenvolver e administrar programas de saúde, como intervir diretamente em avaliações psicologias e na relação de outros profissionais com pacientes.
Parte-se de uma visão social para se questionar as práticas dos profissionais que na maioria dos casos estão voltadas para o atendimento de minorias, ignorando as necessidades e condições de vida reais da população. Diante disso, solicita-se a revisão e atualização da atividade do psicólogo em situações sanitaristas assim como a