Psicologia hospitalar
Falar de psicologia hospitalar é falar de Matilde Neder e Bellkiss Wilma Romano Lamosa.
Este livro foi escrito a partir desta constatação. Surgiu da necessidade de resgatar um pouco da história da psicologia hospitalar no Brasil, como da necessidade do estabelecimento dos parâmetros de sua origem. E da definição dos limites, da expansão e do pioneirismo dessa atividade por meio do registro dos passos de suas principais pioneiras.
Matilde Neder, orientadora de teses de doutoramento e dissertações acadêmicas de mestrado, presença obrigatória em todos os congressos nacionais e internacionais nos quais o assunto é terapia familiar ou psicologia hospitalar, ou ainda tantas outras temáticas que domina como poucos, dispensa maiores comentários, assim como Bellkiss Wilma Romano Lamosa, figura imprescindível em todos os eventos acadêmicos e congressos em que são discutidos a psicologia hospitalar e temas de psicologia aplicados a área médica.
Psicologia Hospitalar, Passado, Presente e Perspectivas As principais datas da psicologia hospitalar no Brasil, que marcam seu início e evolução. 1954. Matilde Neder dá início a psicologia hospitalar no Brasil desenvolvendo uma atividade na então Clínica Ortopédica e Traumatológica da USP, hoje Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.Ela foi convidada pelo responsável do setor, Dr. Eurico de Toledo Carvalho, para acompanhar psicologicamente os pacientes submetidos a cirurgia de coluna. O trabalho consistia em preparar esses pacientes para a intervenção cirúrgica, bem como para a recuperação pós-cirúrgica. 1957. Matilde Neder se transfere para então Instituto Nacional de Reabilitação da USP, hoje divisão de Reabilitação do Hospital das Clínicas da USP. Para um melhor dimensionamento dessa atividade, vejamos a própria Matilde numa conferência realizada em 28 de novembro de 1959, por ocasião do 1° Seminário do Instituto