Psicologia Fenomenológica
Husserl constatou que a ciência se definia segundo uma referência dos acontecimentos naturais. O critério geral adotado pelas ciências é o de proceder com todos os acontecimentos, humanos ou não-humanos, do mesmo modo, utilizando da metodologia dos fatos naturais. A atitude natural, presente no dia-a-dia, no senso-comum e na ciência – em uma postura pouco critica – deve ser posta sob suspenso. Não para elimina-la ou nega-la, mas para – através da reflexão; do aprofundamento das implicações de uma dada definição – chegarmos a perceber o seu sentido e alcance. Esse movimento de apreensão dos sentidos e do clareamento dos limites e das especificidades de uma definição é chamado de redução fenomenológica.
Redução fenomenológica é uma expressão cunhada por Husserl, que indica uma tentativa de trazer à luz aquilo que está dado como sabido, mas que necessita da reflexão para se chegar a um ponto de definição irredutível. Para alcançarmos, reduzirmos, ao último termo possível de definição. Reduzir fenomenologicamente é obter um termo que define, caracteriza, acompanha e sustenta um sentido.
O empirismo acredita que os fatos, neles mesmos, vão indicando seus sentidos. O sujeito do conhecimento é passível quanto a este sentido. O empirismo é cego quanto à participação ativa e essencial do sujeito cognoscente. Não percebe que a ordenação dos fatos não está nos fatos, eles se mostram a alguém que possui a possibilidade de compreender os sentidos dos fatos.
Husserl aponta que a compreensão é realizada por um sujeito cognoscente – uma consciência. A consciência é, como modo próprio de ser, apreensão de um sentido. Os fatos não vivem um sentido, eles se dão – tal como fato, como sentido – para uma consciência. A consciência é polo de apreensão e estruturação de sentido, que está nos fatos. Husserl então cunha uma nova expressão: Consciência intencional e objeto intencionado.
Outra colocação de Husserl é que a compreensão