Substância Reticular A formação reticular também conhecida como substância reticular consiste de um conjunto de neurônios de tamanhos e tipos diferentes separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico. Dentro dela, são encontrados agrupamentos de neurônios formando núcleos, como núcleos da rafe – núcleos encontrados no tronco cerebral e que tem a função de secretar para o resto do cérebro -, distribuídos na linha mediana do tronco encefálico. A formação reticular tem uma estrutura que não corresponde exatamente à substância branca ou cinzenta, ela é, de certo modo, intermediária entre elas. É uma região muito antiga do sistema nervoso, que, embora pertencendo basicamente ao tronco encefálico, se estende um pouco ao diencéfalo e aos níveis mais altos da medula, onde ocupa uma pequena área do funículo lateral. No tronco encefálico ocupa uma grande área, preenchendo todo o espaço que não é preenchido pelos tractos, fascículos e núcleos de estrutura mais compacta. Até o início do século, não se sabia quase nada sobre formação reticular. Mas com os trabalhos de Moruzzi e Magoun (1949), que mostraram seu importante papel na ativação do córtex cerebral, uma verdadeira corrida de pesquisas sobre esta área se iniciou. Pesquisas citoarquiteturais – mostraram que a formação reticular não tem estrutura homogênea, podendo-se delimitar grupos mais o menos bem definidos de neurônios, que estão nos núcleos da formação reticular. Entre eles, destacam-se por sua importância funcional os seguintes: a) Núcleos da rafe – conjunto de oito núcleos, entre os quais um dos mais importantes é o nucleus raphe Magnus, que se dispõe ao longo da linha mediana (rafe mediana) em toda extensão do tronco encefálico. Os núcleos da rafe contêm neurônios ricos em serotonina. b) Locus ceruleus – este núcleo apresenta células ricas em norodrenalina;