Psicanálise

1. A histeria, no começo, foi muito vinculada a situações de possessões e feitiçaria, um estudo mais aprofundado iniciou-se com os trabalhos de Charcot. Na época, as consultas médicas focavam na anatomia do indivíduo como a origem dos sintomas apresentados. Já no caso das neuroses, acredita-se que sejam originadas de uma alteração fisiologia. Sendo assim, Charcot a introduziu no campo das perturbações fisiológicas do sistema nervosos e passou a investigar novos métodos de tratamento clínico. Destacou-se a hipnose, que foi bastante estudada por ele no intuito de “mostrar que a hipnose envolvia mudanças fisiológicas no sistema nervoso, o que a aproximava da histeria.” (GARCIA-ROZA,P32, 32). Após assistir um curso dado por Charcot, Freud se interessou pelo estudo. Os dois afirmaram primeiro, que a histeria não era uma simulação e segundo, não era de exclusividade feminina. O problema do processo era a obtenção de sintomas regulares que fariam com que os indivíduos fossem classificados como portadores de doenças neurológicas e não como doidos. Charcot começa a tentar gerar essa regularidade por meio da hipnose. Ele então elabora a teoria do trauma, segundo ele, em decorrência de um trauma psíquico há a produção de um estado hipnótico permanente, tornando o indivíduo suscetível à sugestão. Com a teoria do trauma Charcot descobriu, durante os seus atendimentos, que havia a ocorrência de um componente sexual, fato que serviu de base para as teorias freudianas.
2. Ao por fim no uso do método da hipnose, Freud descobre a existência de uma defesa psíquica que se tornou a base da teoria psicanalítica. Para substituir esse método, que era um obstáculo para a sua teoria, Freud criou o da associação livre. Havia então a orientação para que o paciente falasse tudo que viesse à sua mente, mesmo que considerasse irrelevante ou sem sentido. Embora não estivesse guiando seus pensamentos para o trauma, tudo que diga terá relação com o problema. Freud analisava tudo que aparecia,