psicanálise
Sigmund Freud (1856-1939)
O termo Psicanálise e o nome Sigmund Freud são reconhecidos em todo o mundo. As figuras de Wundt, Titchener são pouco conhecidas fora dos círculos profissionais da Psicologia, mas Freud continua a ter uma fenomenal popularidade entre o público leigo.
Freud formou-se em medicina, tendo-se especializado em neurologia. As dificuldades em prosseguir uma carreira, devido ao fato de ser judeu e de ter que sustentar uma família numerosa, levam-no a exercer funções de psiquiatra numa clínica privada. Foi da reflexão dos dados que recolheu junto dos seus pacientes, das observações que fez sobre si próprio, bem como do debate que sempre estabeleceu com os investigadores seus contemporâneos, que Freud foi procurar o significado mais profundo das perturbações psicológicas.
“Minha vida só tem interesse na medida em que se relaciona com a psicanálise” assim disse Freud. Suas correspondências e seus escritos são as maiores fontes de informação que temos. A partir de suas experiências familiares, Freud aos dois anos e meio de idade começa a questionar sua filiação quando sua irmã Anna nasce. Ele chamou isso de “romance familiar do neurótico”, a história imaginária que toda criança tem a respeito de suas origens. A criança imagina que seus pais verdadeiros não sejam aqueles com quem convive. Quando a criança discerne entre pai e mãe, no que se refere à sexualidade, quando percebe que o pai é sempre incerto e a mãe é certíssima, o romance familiar limita-se a colocar o pai num pedestal, sem duvidar mais do fato, e de que o filho descende da mãe.
No final dos anos de 1880, Freud com mais de 30 anos, médico e professor, atende principalmente pacientes considerados os “doentes dos nervos”. Um de seus colegas, no qual Freud mantém contato, é o médico Joseph Breuer. Breuer tinha interesse pela hipnose animal, tendo estudado os estados hipnóides em galinhas e pombos. Breuer trata de uma paciente chamada Bertha Pappenheim, que sofria de