Introdução Quando se fala em Educação Infantil é sempre importante lembrar que o atendimento a esta faixa etária surgiu na época da Revolução Industrial. Com a entrada da mulher no mercado de trabalho surgiu também à necessidade de se ter onde deixar as crianças para as mães trabalharem. Não havia, neste período, organização alguma para orientar este tipo de atendimento. Buscava-se apenas criar o espaço onde se deixar as crianças, sem qualquer preocupação com a necessidade do fazer pedagógico. Tal descaso representava sério risco à saúde e à integridade física das crianças. Inicialmente, as mães deixavam seus filhos com as chamadas “mães mercenárias”, que vendiam seus serviços em troca de abrigar e cuidar dos filhos de outras mulheres. O despreparo destas mulheres fazia se refletir no uso de mecanismos de violência para conseguirem manter a “ordem” no espaço, que, na maioria das vezes, também era inadequado para comportar um número maior de crianças. Aumentaram os riscos de maus tratos às crianças, reunidas em maior número, aos cuidados de uma única, pobre e despreparada mulher. Tudo isso, aliado a pouca comida e higiene, gerou um quadro caótico de confusão, que terminou no aumento de castigos e muita pancadaria, a fim de tornar as crianças mais sossegadas e passivas. Mais violência e mortalidade infantil. Com o tempo, a necessidade de organização desse atendimento começou a ficar mais evidente e surgiram então as denominadas Escolas Maternais, as creches e Jardins de Infância que, inicialmente, tinham como objetivo principal o assistencialismo. Toda rotina destes espaços era desenvolvida com enfoque nos cuidados básicos de alimentação e higiene. Os profissionais não eram habilitados e, muitas vezes, não eram habilidosos, impossibilitando que as crianças tivessem seus direitos básicos de desenvolvimento e aprendizagem garantidos num universo lúdico e sadio. Posteriormente, estudos e pesquisas sobre o desenvolvimento humano, formação da