Pré- Modernismo

O pré-Modernismo não é considerado uma escola literária, porque é somente o período antes do Modernismo de fato. Iniciou-se com a publicação de Os Sertões e Canaã em 1902 e se estende até 1922, com a realização da Semana de Arte Moderna. Tem genericamente temas sociais, pois dispõe de uma faceta revolucionária, que capta as dificuldades do homem moderno, da realidade brasileira e reflete novos tipos como a República e os problemas gerados pela abolição da escravatura. Existem quatro prosadores principais Pré-Modernistas brasileiros, são eles:
Euclides da Cunha: retratou a região Nordeste, com o tema sobre a miséria do nordestino e a submissão religiosa. Em sua obra “Os Sertões”, o determinismo pode ser identificado quando os três fatores que explicam o comportamento no sertão estão juntos: a ‘’raça’’ (o sertanejo/o nordestino), o ‘’meio’’ (o sertão, a região de Canudos, interior da BA), e o momento histórico (a sobrevivência, A guerra de Canudos).
Graça Aranha: usou a região do Espírito Santo , e o tema foi adaptação dos imigrantes europeus (alemães principalmente) ao Brasil. O Pré-modernismo teve início com a sua obra Canaã, e o título da obra pode ser justificado de forma que Canaã é a terra prometida aos judeus, fazendo uma referencia bíblica, Graça Aranha mostra o Brasil como a Canaã dos imigrantes alemães que vêm para cá em busca de trabalho e vida digna, fugindo da miséria europeia da época.
Lima Barreto: retratou a Periferia do Rio de Janeiro, fazendo uma crítica ao preconceito racial. Ele é provavelmente o escritor mais polêmico desse período pré-modernista, pois fazia duras críticas à sociedade da época, como quanto ao descaso do governo com os sertanejos, negros, mulatos, mulheres etc.
Monteiro Lobato: Fez uma crítica política relacionada com a agricultura e sobre o descaso do governo com a população. As duas principais obras de Monteiro são: Urupês : que faz referência a praga que ataca os pés de café, e destrói toda a lavoura, deixando a classe