Prova I de Economia Pol III UFSC
CSE
Departamento de Economia e Relações Internacionais
Curso de Ciências Econômicas
Disciplina de Teoria Política III
Professor: Armando de Melo Lisboa
Prova I
Conforme o discutido em sala, interprete:
1) “Aqui nos deparamos com um paradoxo: se alguém se comporta com racionalidade econômica perfeita, não se comporta racionalmente como ser humano. Seria irracional ser ou tentar ser perfeitamente racional” (Frank Knight). “A ação não utilitária em geral faz as pessoas se sentirem mais humanas” (Hirschman). “A economia é uma ciência moral (...) ela lida com introspecção e com valores, com motivos, expectativas e incertezas psicológicas. É preciso estar sempre atento para não tratar a situação como constante e homogênea” (Keynes).
Resposta: Como defende N. N. Taleb em “A lógica do cisne negro” durante muito tempo e ainda hoje os cientistas sociais em sua grande maioria “operaram sob a crença falsa de que as ferramentas deles poderiam medir as incertezas”. Quando se fala em metodologia econômica, em especial, temos uma tradição positiva e a propensão a imitar os procedimentos das ciências físicas, considerada a ciência por excelência. No entanto até mesmo as ciências físicas, principalmente depois do advento da física quântica, do “efeito borboleta” da teoria do Caos, embora a tradição empírica ainda seja predominante no campo científico, tem cada vez mais considerado o improvável como uma variável indissociável. Nas ciências econômicas, no entanto, os “outliers” muito conhecidos por nós estudantes de economia ao estudar estatística econômica devem ser ignorados para não ferir o modelo, ou seja por estar fora das expectativas comuns ou fora do modelo. Se por um lado isso nos aproxima da perfeição do modelo da distribuição normal e sua curva de sino por outro lado tem cada vez mais afastado os economistas da realidade prática dos eventos econômicos de cada país. Isso foi aprofundado pela Revolução Tecnológica, já não possuímos