Prova de sociologia - periodo 1
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Émile Durkheim foi um dos primeiros grandes teóricos da sociologia e, talvez, aquele que mais tenha contribuído para que ela fosse aceita como ciência empírica e disciplina acadêmica. É importante frisar que ele viveu em um contexto conturbado por guerras e revoluções, teve acesso as idéias de Saint-Simon (1760-1825) e de August Comte (1798-1857), além de ter recebido influência de Kant, do darwinismo, do organicismo alemão e do socialismo de cátedra. Durkheim entendia a sociedade como algo além do somatório de consciências, ações e sentimentos particulares, pois estes, ao serem associados, combinados e fundidos, fariam nascer algo novo e externo àquelas consciências, ações e sentimentos originais. Logo, os fenômenos que constituíam a sociedade tinham sede na coletividade não podendo ser explicados por cada um de seus indivíduos. A sociologia era compreendida como a ciência que estudava a gênese e o funcionamento das instituições e, para ela constituir-se como uma ciência no meio de outras ciências positivas, precisava-se, primeiramente, de um objeto próprio de estudo. Esse objeto foi denominado “fato social” que foi definido como “maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção em virtude do qual se lhe impõem” (DURKHEIM. As regras do método sociológico, p.31). Eles se caracterizam por três fatores: pela coercitividade, ou seja, pela força que exercem sobre os indivíduos fazendo com que eles realizem tarefas independentemente de suas escolhas; pela exterioridade, o que significa dizer que eles independem do indivíduo para existirem; e pela generalidade, a qual faz com que o fato observado se repita em todos os indivíduos, ou pelo menos na maioria deles e assim, distinguem o essencial do casual, especificando a natureza sociológica dos fenômenos. O estudo dos fatos sociais abriu caminho para que o método sociológico fosse definido e com ele, Durkheim pode exigir uma neutralidade diante do objeto estudado,