Prova da Ana Paula
Dando continuidade ao tema anterior, pode-se perceber que a educação não formal representa mais uma perspectiva de ensino que rompe com o modelo hegemônico fundamentado nos princípios estruturantes da educação formal presente no tipo de escola que está posta. O grande avanço da educação não formal ocorreu a partir dos anos 1990 em razão de grandes modificações econômicas e tecnológicas na sociedade e, consequentemente, no mundo do trabalho. Passou-se a valorizar os processos de aprendizagens em grupos e atribuir, muitos significados aos valores culturais que articulam as ações dos indivíduos, bem como a exigência em compreender e falar de uma nova cultura organizacional que exigisse a aprendizagem de habilidades extraescolares. Um dos supostos básicos da educação não formal é o de que a aprendizagem ocorre por meio da prática social.
A educação não formal é um campo que vem se consolidando desde as últimas décadas do século XX e a explicação para este fato advém das mudanças e transformações ocorridas na sociedade neste período, especialmente com a globalização. Progressivamente inúmeras mudanças de valores e práticas sociais foram se implantando no mundo do trabalho; as novas tecnologias mudaram a cena da vida cotidiana dos indivíduos no plano doméstico e fora dele, com os celulares, internet e outras formas de comunicação (GOHN, 2010, p. 34). As ações interativas entre os indivíduos são fundamentais para a aquisição de novos saberes e essas ações ocorrem essencialmente no campo da comunicação oral, carregando todo um conjunto de representações e tradições culturais que as expressões orais contêm.
Não é uma questão apenas para o profissional da educação, o pedagogo. No entanto, seria um grande equívoco pensar que o erro estaria em atribuir uma solução exclusivamente pedagógica a um problema cuja essência é político-social.
A educação é global, é social e acontece ao longo de toda a vida. Se o objetivo da educação