proudhon
Proudhon foi o primeiro a referir-se a si próprio como um anarquista. Em O que é a propriedade, publicado em 1840, ele definiu anarquia como sendo "a absência de um mestre, de um soberano", e em A Ideia Geral de Revolução (1851) ele argumentou em favor de uma "sociedade sem autoridade." Proudhon ampliou sua análise para além das instituições políticas, argumentando em O que Propriedade? que "proprietário" é "sinônimo" de "soberano". Para Proudhon: "Capital"... no campo político é análogo a "governo"... A ideia econômica de capitalismo, as políticas de governo ou de autoridade, e a ideia teológica de igreja são três ideais idênticos, de várias formas, vinculados. Atacar uma delas é o equivalente a atacar todas elas... o que o capital faz ao trabalho, e o Estado à Liberdade, a Igreja faz com o espírito. Esta trindade do absolutismo é tão perniciosa na prática quanto o é na filosofia. O meio mais efetivo de oprimir os povos seria simultaneamente escravizar seu corpo, sua vontade e sua razão3
Proudhon em seus primeiros trabalhos analisou a natureza e os problemas da economia capitalista. Enquanto fora profundamente crítico do capitalismo, ele também criticou os socialistas de seu tempo que idolatravam a ideia de associação. Em uma sequência de argumentos, do O que é Propriedade? (1840) até Teorias da Propriedade (Théorie de la propriété - publicado postumamente entre 1963-64), ele declarou contraditoriamente que "propriedade é roubo", "propriedade é impossível", "propriedade é despotismo" e "propriedade é liberdade". Quando afirmava que "propriedade é roubo" e que "propriedade é despotismo" ele se referia ao proprietário de terras ou ao capitalista que em sua perspectiva "roubava" a mais valia dos trabalhadores. Para Proudhon, o trabalho assalariado capitalista era uma posição voluntária de subordinação e exploração, uma condição permanente de