Certos ou não, por uma luta nobre ou não tão nobre os protestos em todo o Brasil tem se tornado uma voz que a muito tempo estava baixa e até mesmo calada. Nas grandes capitais jovens, velhos, crianças e famílias inteiras têm saído às ruas para expressar suas indignações contra as mais diversas causas. Dentre essas pessoas e dentre essas capitais, um grupo de 30 manifestantes se destacaram essa semana, após deixarem o presídio Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, na manhã deste sábado (19), acusados de associação criminosa no ato do dia 15 de outubro. Com discursos de revolução, blusas e gritos de guerra, os jovens com aspectos de vencedores saíram do complexo prometendo não abandonar suas causas, e lutar bravamente para mudar o Brasil. Uma reportagem tão digna e com um certo romantismo guerrilheiro, abafa o motivo pelo qual os manifestantes foram restringidos a liberdade, ou melhor, julgados e presos. Os 30 manifestantes foram presos não por quererem um país melhor, mas sim por destruírem e banalizarem patrimônios públicos, gerando prejuízos ao estado e aos cidadãos que diretamente costearam com taxas e impostos toda a estrutura prejudicada. Toda manifestação do povo é de direito, é democrático, é a voz de maioria que sustenta uma nação, e por sustentar, tem direitos de protestar por algo que não acha certo. E protestar não significa banalizar patrimônios. Significa expressar sua indignação por meio da justiça, e dos direitos de todo o cidadão tem, como os direitos civis, direitos humanos, diretos tributários, direito constitucionais e direito eleitorais. Protestar não é moralmente e eticamente errado e muito menos ilegal, protestar é direito de ser manifestar através do ajuntamento de vozes, na organização de idéias que melhorem sua comunidade, é algo nobre, revolucionário e que trazem melhorias. Direto de protestar todo temos, de certo modo que não prejudique sua comunidade e que leve prejuízos a outros.