prostituição
A prostituição como atividade laborativa sofre dos mesmos reflexos da precarização do trabalho no sistema capitalista neoliberal. Tanto o trabalhador das mais diversas atividades quanto a profissional do sexo vendem sua força de trabalho. Contudo, as vulnerabilidades nas quais as prostitutas estão inseridas permanecem durante e após sua atividade. Estes elementos as diferenciam dos demais trabalhadores e nos possibilitam considerar que tal atividade por ser extremamente prejudicial para essas mulheres.
Por detrás de uma aparente escolha existe uma determinação social, fruto das relações contraditórias estabelecidas nesta sociedade.
Os estudos acerca do tema focalizam de forma isolada as mulheres que trabalham neste campo e nunca trazem à tona os usuários de seus serviços, os homens. Os debates em torno de temas ligados à prostituição em nada beneficiam as mulheres que se prostituem. A vulnerabilidade social na qual estão inseridas estas mulheres é explícita, assim como é evidente a negação de sua cidadania e, conseqüentemente, os serviços dela decorrentes, de caráter público ou privado. Não se defende aqui a prostituição, mas sim as mulheres.
Nesse cenário, o Brasil ganha um novo cartão-postal, o das mulheres bonitas, onde as mulatas oferecem o mito da sexualidade, do sexo fácil, em algumas cidades brasileiras, fazendo o Brasil destacar-se internacionalmente como um país de atrativos sexuais, territorializando os espaços urbanos em função dessa atividade junto à sociedade.
“Dadas as agruras a que se submetem, a prostituição não pode ser vista como a melhor opção para estas mulheres”. Segundo Barros (2005)
Referências
DIMENSTEIN, G. Meninas da noite: a prostituição das meninas escravas no Brasil.
São Paulo: Ática, 1992.
ROBERTS, Nickie. As prostitutas na História. Trad. Magda Lopes. Rio de Janeiro:
Rosa dos Tempos, 1998.
BRUSCHINI. C. (Orgs.). Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos