Prostituição
Segundo o filósofo Konigsberg, a liberdade e a racionalidade do Homem não o exime de ter um preço e ser considerado uma mercadoria como um outro objecto qualquer. É pela ética de Konigsberg que a sociedade actual se rege (devido à vitória global do fetichismo da mercadoria) e, por isso, a prostituição deixou de ser vista como uma patologia social e passou a ser aceite por muitos países.
Uma outra apoiante da prostituição é Martha Nussbaum, uma filósofa do século XX, que defende que não há nada de errado com a prostituição (apesar de não estar totalmente de acordo com a forma como é praticada hoje) referindo-se que se trata de uma profissão como outra qualquer, argumentando ainda que há certas profissões em que o Homem é pago para usar o seu corpo, muitas vezes em condições laborais sem controlo. Segundo Martha Nussbaum, não existe diferenças morais entre a prostituição e outras profissões que exigem o uso do corpo como instrumento de trabalho.
Pensando segundo a ética Kantiana, em que a liberdade e a racionalidade fazem da pessoa um ser cuja finalidade reside em si mesmo e não no preço, a prostituição é vista como um ato altamente imoral pois implica que um ser humano tivesse um preço e fosse tratado como um objeto.
Yolanda Estes, uma outra filósofa moderna com ideias semelhantes a Kant, admite que o consentimento, apesar de ser necessário, não é uma condição suficiente para que a prostituição seja moralmente respeitável. Estes argumenta que, para que qualquer relação humana, principalmente a sexualidade, seja moral é necessário que haja preocupação e desejo, por mínimo que seja, com o bem-estar e experiencias do parceiro e a prostituição viola estas condições,