Prosa Romantica
A burguesia ansiava por uma literatura que enfocasse seu próprio tempo, seus problemas e sua forma de viver.
O romance, por relatar acontecimentos da vida cotidiana e por dar vazão ao gosto burguês pela fantasia e pela aventura, tornou-se o mais importante meio de expressão artística dessa classe.
O romance narra o presente, os acontecimentos comuns da vida das pessoas, numa linguagem simples e direta.
O herói romântico geralmente é um ser dotado de idealismo, honra, força e coragem. Às vezes põe a vida em risco para atender aos apelos do coração ou da justiça.
Personagem plana: nós a conhecemos exteriormente, pelo que ela faz e fala.
Personagem esférica: é explorada psicologicamente e são encontradas apenas na fase de transição do Romantismo para o Realismo (Senhora e Memória de um sargento de milícias).
O romance brasileiro e a busca do nacional
Nas décadas que sucederam a independência do Brasil, os romancistas empenharam-se no projeto de construção de uma cultura brasileira autônoma.
Exigia dos escritores o reconhecimento da identidade da nossa gente, nossa língua, nossas tradições e também de nossas diferenças regionais e culturais.
O romance voltou-se para os espaços nacionais, identificados como a selva (romance indianista e histórico, vida primitiva), o campo (romance regional, vida rural) e a cidade (romance urbano, vida citadina).
O romance surgiu sob a forma de folhetins, publicação diária, em jornais, de capítulos de determinada obra.
O romance indianista
O Romantismo brasileiro encontrou no índio uma autêntica expressão de nacionalidade.
Fatores que contribuíram para a implantação do indianismo em nossa cultura:
Tradição literária indianista do período colonial.
Influência da teoria do bom selvagem, de Rousseau.
O índio era considerado o “herói medieval” brasileiro.
Principais realizações indianistas em prosa da nossa literatura são três romances de José de Alencar: O guarani, Iracema e Ubirajara.
O guarani, José de Alencar
O Guarani