Projeção de mercado para crescimento do país em 2012 cai para 1,75%
Os economistas do mercado reduziram as projeções para o crescimento econômico do país em 2012 de 1,81% para 1,75%, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Trata-se da terceira semana consecutiva que os economistas e analistas dos bancos e instituições financeiras do país reduzem as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB). A projeção para 2013 foi mantida estável em 4%, segundo o relatório Focus, pesquisa que o Banco Central realiza semanalmente com economistas do mercado financeiro. Se a previsão for confirmada, o Brasil terá em 2012 seu menor crescimento econômico desde 2009, quando o PIB caiu 0,6%. As previsões confirmam a tendência de desaceleração, já que, após ter expandido 7,5% em 2010, a economia só cresceu 2,7% no ano passado, e essa porcentagem poderá cair a 1,75% em 2012. O governo, que no começo do ano projetava um crescimento de 4,5% para 2012, já admite que o resultado será inferior a 3%. A revisão das previsões é conseqüência principalmente do mau desempenho da indústria, setor nacional mais afetado pela crise internacional por conta da queda da demanda no exterior e da competitividade dos produtos brasileiros fora do país. Segundo os economistas consultados pelo Banco Central, a indústria sofrerá uma retração de 1,2% neste ano. Há uma semana, a previsão era de que a produção da indústria se reduziria em 1%. O governo anunciou nos últimos meses várias medidas de estímulo aos setores mais afetados pela crise, principalmente de redução de impostos sobre a produção e dos custos trabalhistas. Na semana passada, o governo também anunciou um plano de concessões ao setor privado de R$ 133 bilhões, que prevê a construção e ampliação de 7.500 quilômetros de estradas e de 10.000 quilômetros de ferrovias. Os analistas do mercado também aumentaram, pela sexta semana consecutiva, a previsão para a inflação deste ano, que passou dos 5,11% calculados há uma