Projeto Todos Pelo Mesmo Objetivos
ELABORAÇÃO DILSE LOPES MONTEIRO DE OLIVEIRA
JUSTIFICATIVA
Historicamente, a escola e a família, tal qual as conhecemos hoje, são instituições que surgem, com o advento da modernidade, ambas destinadas ao cuidado e educação das crianças e jovens. Na verdade, à escola coube a função de educar a juventude na medida em que o tempo e a competência da família eram consideradas escassos para o cumprimento de tal tarefa. Os saberes diversos e especializados, necessários, à formação das novas gerações, demandavam cada vez mais ao longo do tempo, um espaço próprio dedicado ao trabalho de apresentação e sistematização de conhecimentos dessa natureza, diferente, portanto, daquele organizado pela família.
No Brasil, a escola, como instituição distinta da família, construiu-se aos poucos, às custas das pressões científicas e dos costumes característicos de uma vida mais urbana.
Aproximadamente dois séculos, sinalizaram para a necessidade de uma organização voltada à formação física, moral e mental dos indivíduos; missão essa impossível para o âmbito doméstico.
Esse modelo esteve a serviço, sobretudo durante o século XIX, da moldagem das elites intelectuais nacionais. A escola era profundamente diferente da família e, oferecia à formação das crianças e dos jovens a uma educação da qual nenhuma outra instituição poderia se ocupar. Os primórdios da República, na onda dos movimentos sociais, políticos e culturais que marcaram a época, impuseram a necessidade de modernizar a sociedade e colocar a Nação nos trilhos do crescimento, exigindo então outro modelo e uma maior abrangência da ação educacional.
Assim, como podemos observar a discussão sobre a participação da família na vida escolar de seus filhos não é recente. Há décadas que se vem refletindo sobre como envolver a família, promover a co-responsabilidade e torná-la parte do processo educativo. Sem dúvida, tal aproximação trata-se de uma difícil tarefa, isto, em