PROJETO TAMAR
O projeto tartarugas marinhas fixou uma base entre a Baía do Sueste e a
Praia do Leão, principal local de desova das tartarugas em todo o arquipélago.
A linha de trabalho segue o verificado em outros postos: conscientização da população local quanto à necessidade de preservar os ovos e não-captura dos indivíduos adultos; pesquisas relativas aos hábitos das espécies; envolvimento do ex-pescador na preservação das tartarugas.
Na praia do Leão e do Sancho ocorre a desova da tartaruga aruanã. A partir de novembro, quando se inicia o período de reprodução, podem ser observadas junto à superfície. De dezembro a maio ocorre a desova e a incubação demora 50 dias. À noite as tartarugas aproveitam a escuridão e a queda na temperatura e iniciam a jornada pela areia onde depositam seus ovos.
A tartaruga de pente, ameaçada de extinção, não desova nesta região.
Indivíduos desta espécie podem ser encontrados nas águas do arquipélago, pois o utilizam como local de crescimento e alimentação.
Ao contrário do verificado na Praia do Forte, os ninhos não são removidos para áreas cercadas. Os locais das desovas são sinalizados e identificados por um bastão, permanecendo intocados até a eclosão dos ovos quando então ocorre o trabalho de verificação e contagem. Constantemente os responsáveis percorrem as praias procurando novos ninhos e verificando as eclosões que, invariavelmente, ocorrem durante a noite.
Levantamentos estatísticos demonstram que o número de desovas/ano tem aumentado. Isto ocorre exclusivamente pela redução na captura de tartarugas já adultas e não pelo retorno de crias protegidas pelo TAMAR que ainda não atingiram a idade de procriação.
As tartarugas não vivem junto aos locais onde se reproduzem. Algumas espécies percorrem milhares de quilômetros antes de desovarem.
As tartarugas deixam seus ovos na mesma praia onde nasceram. Elas se orientam e identificam uma praia por sua peculiar luminosidade. Qualquer interferência humana,