Projeto roteamento 1
A ARPANET foi a rede que iniciou o backbone da Internet. Nessa época cada participante administrava suas tabelas de roteamento e suas atualizações eram feitas manualmente. Dessa forma, a topologia da Internet em seus primórdios poderia ser descrita como um conjunto de roteadores básicos, conhecidos também por core routers ou também por roteadores de borda. Estes roteadores eram controlados pelo INOC (Internet Network Operations Center). Adicionalmente, existia também um conjunto de roteadores, conhecidos como secundários que eram administrados por grupos isolados e eram conectados aos core routers, fornecendo acesso às redes locais de cada instituição. Em seguida, surgiu a NFSNET que inicialmente estabeleceu um único ponto de conexão com a ARPANET, posteriormente aumentando o número dessas conexões.
Essa situação aumentou a complexidade do roteamento global, impossibilitando a forma manual de atualização das tabelas de rotas. Por esse motivo o esquema de divisão por hierarquias foi sendo substituído pelo modelo distribuído que é o modelo utilizado até os dias de hoje. Assim sendo, o roteamento não fica mais centralizado em alguns roteadores, como nos roteadores básicos da NFSNET, mas cada roteador é responsável pelas suas redes e pela comunicação com os demais roteadores da Internet.
Para acompanhar tais mudanças, foi criado o conceito de sistema autônomo (Autonomous System, ou simplesmente AS), que faz com que as redes e roteadores que estão sob uma mesma política sejam administradas pela própria entidade que os possui. Assim, o que ocorre internamente a um AS não será conhecido por outros sistemas autônomos, diminuindo a complexidade da Internet global. Para a comunicação com o mundo externo, ou seja, com os demais sistemas autônomos, deve ser utilizado pelo menos um dos roteadores do AS para trocar informações com os demais ASs e garantir a alcançabilidade entre suas redes. Para cada AS é atribuído um AS number, que é uma identificação única que o