Projeto integrado
O fordismo:
- apoiado na base técnica da 2a Revolução Industrial do fim do século XIX (construída a partir de inovações nos campos da eletricidade, da química e da manufatura de precisão);
- métodos de organização do trabalho tayloristas (padronização das tarefas, separação entre planejamento e execução e grande especialização do Trabalho);
- introduziu a esteira rolante automatizada na linha de produção e produzindo em larga escala produtos padronizados (em série).
Conseqüência: implicou no aumento extraordinário da produtividade do trabalho e na redução dos custos unitários de produção.
Em síntese, o fordismo não se constituiu apenas enquanto um modo de organização do processo de trabalho, mas, significou, sobretudo, uma forma de organização da sociedade capitalista que implicou na inclusão social de grandes parcelas da população, até então marginalizadas do consumo e dos direitos de cidadania. E, mais do que isso, o fordismo deve ser entendido, num sentido mais amplo, como um “novo modo de vida”, que extrapola os limites das fábricas, implicando na construção de um “novo homem”, adaptado às exigências e à disciplina do sistema fabril organizado na forma de grande indústria.
Desse modo, a crise do fordismo, a partir dos anos 70, não se resume apenas à crise de um padrão de acumulação de capital, nem muito menos à crise de um padrão de organização da produção. Ela anuncia, com todas as conseqüências daí advindas, a crise de um determinado “modo de vida”, a quebra de um pacto social, caracterizado pela busca do “pleno emprego”, por certa estabilidade no trabalho e por amplas garantias sociais. É justamente a destruição desses “modos seguro de se viver”, construído entre a Segunda Guerra Mundial e o início dos anos 70, que dá origem à profunda instabilidade e insegurança específicas deste final de século.
Os processos de reestruturação produtiva (iniciado nos anos 70) e de globalização