Projeto integrada multidiciplinar
Artes Marciais
O apelo desenfreado ao culto do corpo fez proliferar nos últimos anos uma verdadeira indústria, no que diz respeito à prática da atividade física, em âmbito nacional. Homens e mulheres passaram a ser alvo de uma grande campanha publicitária, quase uma exigência de modelação corporal, o que nada tem a ver com a essência da atividade física e sua relação de vida saudável. Este fenômeno atingiu também as práticas de
Lutas e Artes Marciais, e teve como conseqüência o aumento, incontrolável, do número de academias e a afluência indiscriminada de pessoas nãoqualificadas ministrando as diversas modalidades de lutas. Ainda nesse contexto, muitos dessas pessoas até apresentavam algum domínio do ponto de vista da habilidade técnica na execução do gesto motor, em sua especificidade, mas, por outro lado, careciam dos demais requisitos básicos
(pedagógicos, científicos, éticos profissionais) para uma atuação de qualidade. A regulamentação da Profissão de
Educação Física, com a criação dos
Conselhos Federal e Regionais, surgiu, justamente, para disciplinar todas as práticas na área das atividades físicas.
No caso específico das Artes Marciais, não é difícil lembrar as distorções praticadas por pessoas despreparadas e
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descompromissadas com o real valor que as diferentes modalidades proporcionam a seus praticantes. Lesões físicas, e psicológicas, eram as mais comuns, face à metodologia presente em muita das aulas dinamizadas por esses falsos
"instrutores", que em nome de uma tradição disciplinar existente nas lutas, abusavam de seu autoritarismo que se fazia freqüente nas aulas, da maioria das modalidades.
evidentes iniciativas encontravam-se nas denúncias contra falsos praticantes, aventureiros que se imbuíam do status de "Mestres" e se estabeleciam, utilizando-se da ingenuidade do cidadão comum. Além dessas, outras caminhavam em ações legislativas para que o controle do ensino dessas práticas pudesse