Projeto de pesquisa
Vive-se numa época de excessos de estímulos sexual em que a mídia promove um certo incentivo para o ato sexual sem dar a mínima noção de segurança. Com o advento da internet, a globalização e a pouca censura nos meios de comunicação de massa, surge um apelo sexual freqüente e precoce, levando os jovens a experiências ainda incompreendidas por eles. Os adolescentes desejam ser adultos, falando como adultos e querendo se comportar como tal e ter os privilégios da maturidade. Contudo, para o significado real do envolvimento sexual, falta-lhes a experiência e a responsabilidade, e a AIDS passa a ser uma das conseqüências desastrosas desta situação atual.
Segundo o Ministério da Saúde, no mundo todo, 1 entre 20 adolescentes contrai algum tipo de doença sexualmente transmissível (DST) a cada ano. Diariamente, mais de 7 mil jovens são infectados pelo HIV, num total de 2,6 milhões por ano, o que representa a metade de todos os casos registrados. Estima-se que 10 milhões de adolescentes vivem hoje com o HIV ou estão propensos a desenvolver a AIDS no decorrer dos próximos 15 anos. Aproximadamente 80% das transmissões do HIV no mundo decorrem de práticas sexuais sem proteção. Vale ressaltar que, na presença de uma DST, o risco de transmissão do HIV é de 3 a 5 vezes maior. (Thiengo, Oliveira e Rodrigues, 2000).
Tomando também como referência os números do Boletim Epidemiológico AIDS/DST com os dados recebidos do Setor de Produção do DATASUS do Ministério da Saúde do Brasil, transferidos das secretarias estaduais de saúde até 30 de junho de 2005, verifica-se que houve 4.573 casos notificados de soropositividade em adolescentes do gênero masculino, e 3.502 casos do gênero feminino nesta mesma fase de desenvolvimento. Observa-se um aumento no índice de contaminação entre as adolescentes do gênero feminino, demonstrando que estas meninas estão sendo alvo de crescente vulnerabilidade.
Este quadro de contaminação nos adolescentes, público