Projeto de pesquisa
O trabalho é preventivo e ainda não há comprovação de transtornos, mas os dados iniciais mostram que o assunto merece atenção e cuidados profissionais. Eles foram obtidos a partir da avaliação de mais de 20% do contingente de 12 mil policiais militares na ativa em Goiás (2557 pessoas examinadas). Desde fevereiro deste ano, todos eles têm de fazer uma avaliação completa anual. Outra pesquisa, realizada com profissionais da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, identifica os sintomas físicos, comportamentais e cognitivo-afetivos relacionados ao trabalho policial.
A depressão é o principal transtorno constatado nos atendimentos. Quadros de irritabilidade, tensão muscular, úlceras, dores de cabeça, insônia, perda de apetite e de humor são outros sintomas. Sem contar os níveis de estresse, altíssimos. “O policial militar lida com o lado mais obscuro do caráter do ser humano”, alerta o sargento Raimundo Rocha Medrado Júnior, psicólogo da PM e professor universitário. “E ele tem de agir de acordo com a lei, pautado por normas e regulamentos”.
A maioria dos policiais que chegam para a avaliação não tem ideia de que pode estar com