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INTRODUÇÃO
A utilização de plantas medicinais, para a cura de doenças e traumatismos, remota à antiguidade (Matos, 2011). Na luta pela sobrevivência, o Homem encontrou nas plantas uma fonte de alimento e, ao mesmo tempo, deparou-se com as suas propriedades toxicas e/ou curativas (Alves, 2001).
Na Mesopotâmia, no ano 2600 a.C, foi registrado o uso de plantas com fins terapêuticos, nos quais era habitual o emprego de óleos essenciais de Cupressus sempevirens, Glycyrrhiza glabra, Papaver somniferum e algumas espécies de Cedrus. Atualmente esses óleos continuam a ser a base do tratamentos de diversas doenças e para a pesquisa de possíveis substancias bioativas (Gurib-Fakim, 2006). Teo frasto (372-287 a.C) nos deixou, na sua obra “História das Plantas”, descrições muito precisas e acompanhadas de indicações, sobre os efeitos tóxicos e propriedades curativas das plantas (Barreiro, 2001).
No final do século XVIII, foram desenvolvidos métodos que permitiram aos químicos dedica-se ao isolamento e identificação de princípios ativos, presentes nas plantas, exemplo disso é a morfina que foi a primeira a ser isolada, em 1803, seguida de outra, como a atropina, em 1831 (Turolla e Nascimento, 2006; Matos, 2011). Contudo, a vantagem da síntese química acabou mostrando alguns problemas, como: custo elevado e perca de tempo prolongada. Tendo em vista estes problemas, nos anos oitenta, a diversidade vegetal voltou ao foco, por parte dos profissionais das áreas de química e farmácia, com o crescente aumento das pesquisas sobre plantas com potencial ação farmacológica (KInghorn, 2002). Esse processo tem uma explicação lógica já que apenas 15% da biodiversidade do planeta tinha sido alvo de análise.
As regiões tropicais detêm a maior parte da biodiversidade da flora mundial, sendo que existem de acordo com estimativas, 350-550 mil espécies de plantas. O Brasil se encontra no topo do rank, já que possui cerca de 55 mil dessas espécies. No entanto, apenas 8% da flora brasileira foi