Projeto de fabrica
As reflexões sobre o controle tecnológico passam por diferentes pontos de vista. Há os que não fazem controle, não moldam corpos-de-prova e dormem tranqüilos. Há os que se contentam com o controle de produção, geralmente corpos-de-prova moldados pelos motoristas dos caminhões betoneiras. Felizmente, há os que, atendendo recomendações da norma NBR 12655/96, moldam de todos os caminhões. Este usuário é menos tranqüilo que o outro, porque eventualmente pode receber um resultado baixo, em desacordo com o pedido. Aí entram as análises e a intranqüilidade. Começa pela suposição de que pode ser erro do laboratório, raramente, mas pode ser erro da central de concreto e, mais raramente ainda, um erro na qualidade do cimento, além de outros. Para o concreto elaborado na obra a quantidade de erro aumenta. Imaginem a variação causada por um traço que ora é elaborado com areia seca e ora com areia úmida. O resultado pode variar em até 100%.
Em um primeiro momento diz-se que o erro é do laboratório. Quando o controle é do consumidor, geralmente ele começa culpando o cimento. A análise é desgastante para as partes envolvidas, ninguém quer ser o responsável pela baixa resistência. A discussão geralmente começa a ter significado após uma primeira bateria de ensaios. Os primeiros são os de esclerometria. Não é um resultado definitivo e seus valores não servem para um recálculo da estrutura. Pode-se dizer que a esclerometria tem uma variação nos resultados de mais ou menos 20% em relação ao valor real. Os fatores que podem