Projeto de constru o de Comunidade terap utica feminina e masculina
O processo terapêutico dentro de uma comunidade terapêutica para tratamento de dependência química, se baseia na atitude, na ação ou na circunstância que propicie a reestruturação pessoal do sujeito em tratamento. Ele se dá em todas as relações, atividades e ambientes proporcionados pela Comunidade Terapêutica, e não só no atendimento individual ou grupal com um objetivo terapêutico específico, dirigido ou coordenado por um técnico ou pessoa capacitada, mas envolve tudo o que há dentro da Instituição de Atendimento, voltado para o sujeito em processo de recuperação (Serrat, 2008). Trata-se de um processo inserido em um sistema estruturado, com limites precisos e funções bem delimitadas, regras claras, através de normas, horários e responsabilidades. Toda estrutura é para que o residente se situe totalmente. Quando o dependente químico chega para iniciar o tratamento, ocorre uma interrupção no uso de drogas, ou seja, o ambiente provoca a abstinência. Isso é absolutamente necessário para que a pessoa recupere as condições físicas e mentais mínimas para iniciar o trabalho de conscientização da pessoa. Essa conscientização levará o dependente a reconstruir sua identidade, o que, por sua vez, tornará sua abstinência estável e cada vez mais duradoura. Para que ocorra a recuperação, a participação e o compromisso do dependente para com o tratamento devem ser irrestritos e sem reservas, pois se não houver aceitação interna e motivação pessoal, os sintomas e sinais consequentes da dependência continuarão em atividade. A motivação pode ser ampliada, por assim dizer, por aquele que trabalha com o dependente, seja ele coordenador, evangelizador, monitor ou técnico. Porém, a aceitação interna se dá de maneira absolutamente subjetiva. No entanto, sem aceitação não pode haver verdadeira recuperação, uma vez que se recuperar é muito mais que simplesmente manter-se abstinente da substância química. Assim, abstinência é condição necessária para que se alcance a