Projeto Cafe
Na década de 60, o Paraná tinha uma área de 1,8 milhões de hectares, o maior maciço cafeeiro do mundo. Conta hoje com 90 mil hectares cultivados por cerca de 12.000 cafeicultores, sendo 93% de agricultores familiares. Tem, portanto, tradição e estrutura na atividade, destacando-se atualmente por sua produtividade e qualidade, no entanto, sua produção não atende a demanda interna.
A ação do Projeto Café consolida as propostas de diversificação agrícola,sendo o café, uma atividade que se encaixa como alternativa viável principalmente para pequenas propriedades. O Projeto tem como linhas de ação, a elevação da produtividade, a melhoria constante da qualidade, a melhoria no processo de comercialização e a organização.
A base produtiva é o café da espécie arábica, cultivado de forma adensada que, mesmo apresentando produtividades superiores a muitas regiões do país necessita de avanços, pois ainda encontra-se abaixo do ponto de equilíbrio.
O Projeto tem como meta a produtividade de 40 sacas beneficiadas por hectare produzido com a adoção das boas práticas agrícolas, mecanização da colheita e organização do cafeicultor para aquisição de insumos e comercialização da produção. Estabelece ainda a qualificação do produto como tipo 6 (COB – Classificação Oficial Brasileira) e bebida dura e melhor, contando para isto com 10 centros de classificação física e degustação de café, constituindo-se estes como uma ferramenta importante na melhoria das oportunidades de comercialização.
O Instituto EMATER conta com uma equipe de 44 técnicos trabalhando no Projeto Café, sendo que boa parte possui especialização na área; assessora diretamente 11 associações de cafeicultores e tem mantido articulação direta com vários parceiros.
1. Contextualização
A área total de café no estado do Paraná é de 89.025 há, sendo 2,6% menor que os 91.410 ha registrados no fechamento da safra 2011. A redução de 2.385 ha se deve a erradicação das áreas de lavouras velhas sem potencial