Programaçao
2. Pseudo-Linguagem
2.1 Considerações Preliminares
Os computadores convencionais se baseiam no conceito de uma memória principal que consiste de células elementares, cada qual identificada por um endereço. O conteúdo de uma célula é o valor da mesma. O valor de uma célula pode ser lido e/ou modificado. Esta modificação é feita pela substituição de um valor por outro. Além disso, circuitos permitem o acesso a uma célula de cada vez. Com poucas exceções, as linguagens de programação podem ser consideradas como abstrações, em níveis diferentes, do comportamento destes computadores convencionais. Em particular, o conceito de variável é introduzido como uma abstração de células de memória, e o conceito de comando de atribuição como uma abstração destrutiva destas células.
Uma variável é caracterizada por um nome e dois atributos básicos: valor e tipo. O nome é usado para identificar e fazer referência à variável. O valor de uma variável é representado, de forma codificada, na área de memória amarrada à variável. Este código é interpretado de acordo com o tipo da variável. O tipo de uma variável pode ser considerado como uma especificação da classe de valores que podem ser associados à variável, bem como das operações que podem ser usadas para criar, acessar e modificar estes valores.
A amarração entre uma variável e o valor armazenado na área de memória correspondente é, em geral, dinâmica, já que este valor pode ser modificado por operações de atribuição. Uma atribuição como b ← a causa o armazenamento de uma cópia do valor da variável a na área de memória amarrada à variável b.
Algumas linguagens, entretanto, permitem o congelamento da amarração entre uma variável e o seu valor quando a amarração é estabelecida. A entidade resultante é, sob qualquer aspecto, uma constante simbólica definida pelo programador.
Por exemplo, em Pascal se pode escrever: const pi = 3.1416; e então usar pi em uma expressão