Programa saúde da família
PERFIL SOCIOPROFISSIONAL E FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM ESTUDO DE CASO
Tatiele Galli Zanetti* Isabel Cristina Pacheco Van der Sand** Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini*** Águida Wicrowisky Kopf**** Paola Braz de Abreu*****
RESUMO O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil socioprofissional e de formação dos integrantes de equipes de Saúde da Família (ESF) do Interior do Rio Grande do Sul, no Noroeste do Estado, especificamente da 14ª Coordenadoria Regional de Saúde. É um estudo de caso de caráter quantitativo-descritivo, com coleta de dados por meio de questionário aplicado a 330 profissionais, em sua maioria trabalhadores do sexo feminino, em idade produtiva, casados, com filhos, com ingresso em equipes da ESF/PSF predominantemente de 2000 a 2004. Constatou-se baixa rotatividade dos profissionais nas equipes, o que pode qualificar a atenção prestada, já que a permanência junto às comunidades permite a formação de vínculo e favorece a interação com elas. Quanto à formação dos trabalhadores, há iniciativas para a realização de cursos, especializações e/ou residências, o que tende a refletir-se na atenção básica, no cuidado às pessoas e suas famílias e no seguimento da estratégia de saúde e do processo de trabalho. O estudo indica que ainda há espaço para qualificação e instrumentalização dos profissionais que compõem as ESFs, o que poderá contribuir para uma atenção de melhor qualidade às famílias e à população.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Saúde da Família. Recursos Humanos em Saúde. Família.
INTRODUÇÃO A saúde só passou a ser direito universal dos brasileiros após a promulgação da Constituição Federal de 1988. A partir de recomendações da VIII Conferência Nacional de Saúde, foi criado, em 1990, o Sistema Único de Saúde (SUS), que em suas diretrizes e princípios preconiza a universalidade, a integralidade, a igualdade na assistência à saúde e a autonomia das pessoas