Programa de Saúde da Família

Revisão Teórica

A sociedade organizada assumiu algumas posições e começou a criar movimentos a favor das causas sociais, entendendo que agora assumiam não só o papel de “clientes”, mas, também, de “fornecedores”, ou seja, também eram responsáveis pelas ações que as beneficiavam. Por causa da limitação da participação popular na esfera pública, entre as décadas de 1960 e 1970, que as iniciativas e os movimentos populares realmente começaram. O Terceiro Setor se fortaleceu mesmo na década de 1990, depois da ditadura militar, pois foi o período que os três setores da economia se encontram dentro de um sistema, pela preocupação com o crescimento das políticas sociais. O Terceiro Setor é composto pelas organizações sociais, que são iniciativas privadas de utilidade pública, sem fins lucrativos. São organizações criadas e mantidas pela participação voluntária, de natureza privada, não submetidas ao controle direto do Estado, dando continuidade às práticas de caridade, trabalhando para realizar objetivos sociais. Essas organizações são chamadas de ONG (organização não governamental), mas, atualmente, o termo mais utilizado é OSC (organização da sociedade civil). Uma organização que não visa o interesse público não é considerada como integrante do Terceiro Setor.
Segundo alguns críticos, o Terceiro Setor entrou em crise nos anos 2000, sofrendo um “apequenamento”, como aponta Voigt. As organizações sociais surgem, mas não conseguem sobreviver. Falta uma contratualização entre Estado e Terceiro Setor, onde seria definido quem faz o que, com que recursos e como. Uma divisão social do trabalho social. Essa crise se deve também às crises da economia e seu enfraquecimento, fazendo com que as empresas voluntárias deixem de investir nessas organizações sociais. Muitas empresas investem no Terceiro Setor para tornarem-se legítimas, responsáveis socialmente. Algumas delas começam a mudar o foco e investir na sustentabilidade. Mesmo em crise, o Terceiro Setor continua crescendo