Programa de reabilitação cardiaca
O exercício físico se da por uma situação que o organismo sai da sua homeostase, pois causa aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e,consequentemente, do organismo como um todo. Compõe um estresse fisiológico para o organismo em função do grande aumento da demanda energética em relação ao repouso, o que provoca grande liberação de calor e intensa modificação do ambiente químico muscular e sistêmico.
Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes à função cardiovascular durante o exercício físico.
As adaptações do sistema cardiovascular durante o exercício são caracterizadas por meio de mecanismos de regulação e de índices de limitação funcional. O processo de regulação da função cardiovascular no exercício é um mecanismo de ajuste do sistema de transporte de oxigênio à demanda metabólica. Um sistema regulador preciso aumenta o débito cardíaco a partir de informações aferentes de origem central e periférica, no sentido de proporcionar ao músculo esquelético aporte de oxigênio adequado às necessidades energéticas. O aumento do débito cardíaco é consequente ao incremento da frequência cardíaca por redução do tônus vagal e aumento da descarga simpática, como também ao aumento do volume de ejeção sistólico, principalmente por aumento do enchimento diastólico. O principal índice de limitação indicador da capacidade funcional do sistema cardiovascular é o consumo máximo de oxigênio (Vo2max). A captação máxima de oxigênio é função do débito cardíaco máximo e da extraçãomáxima de oxigênio periférico. O VO2 max, que é, portanto, o principal indicador da capacidade funcional, pode ser limitado por fatores "centrais" diretamente relacionados ao ajuste do débito cardíaco, como a mecanismos de limitação "periférica" decorrentes da regressão das características morfológicas e funcionais do músculo esquelético. A exposição regular ao exercício ao