profilaxia acidente ocupacionais
Biológico Potencialmente Contaminado 62
INTRODUÇÃO
Embora o risco de adquirir um agente infeccioso através de cuidados dispensados a um paciente portador de um microrganismo qualquer (vírus, bactérias e outros agentes) ou pelo contato com o sangue e outros fluidos corporais fosse bem conhecido e sempre existisse, foi somente após a descoberta do vírus da imunodeficiência humana (HIV) como o causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e o conhecimento do seu principal modo de transmissão que importantes esforços foram realizados no sentido de reduzir os acidentes de exposição ao sangue (AES).
O risco de se adquirir um agente infeccioso através de um acidente ocupacional é dependente de uma série de fatores, desde a fase evolutiva da infecção no paciente-fonte, tipo de cepa que ele possua, até em que circunstâncias o acidente ocorreu, se foi em pele lesada ou não, em mucosa, se ocorreu com objetos cortantes ou perfurantes e se havia o uso de barreiras protetoras.
Dentre os fluidos corporais, tem-se reconhecido o sangue como o mais importante veículo de transmissão ocupacional dos vírus da hepatite B (VHB), do vírus da hepatite C (VHC) e em especial do vírus da imunodeficiência humana (HIV), entre outros. Assim abordaremos neste texto apenas o risco de contaminação pelo HIV, VHB, VHC e respectivas medidas profiláticas e de prevenção.
Epidemiologia
Os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) recomendam, desde 1987, que todos os hospitais tenham uma comissão de controle de infecção. Nesse sentido foram criadas Normas de Precauções Universais (NPU) para prevenção destes acidentes, que incluem: o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e dispositivos para descarte de materiais perfurocortantes. Em 1996, o CDC publicou uma atualização das práticas de controle de infecções hospitalares, englobando a categoria de isolamento de substâncias corporais e as Precauções Universais no conceito