Profeto indígena Alto Rio Negro
O estudo das ciências nas escolas indígenas justifica-se pela necessidade que essas sociedades têm de compreender a lógica, os conceitos e os princípios da ciência ocidental, para poderem dialogar em melhores condições com a sociedade nacional e, ao mesmo tempo, apropriarem-se dos instrumentos e recursos tecnológicos ocidentais importantes para a garantia de sua sobrevivência física e cultural.
A área de ciências pode contribuir também para a melhor compreensão das transformações do mundo pelo ser humano na cultura ocidental, por efeito dos avanços dos conhecimentos científicos e tecnológicos e suas aplicações. A aprendizagem das ciências contribui para uma melhor compreensão das profundas mudanças que o mundo sofreu, nos últimos séculos, com o advento da produção industrial e agrícola de bens de consumo e serviços, que se utiliza de tecnologia científica crescentemente sofisticada. E uma realidade que vem alterando a natureza e levando a riscos ambientais graves pela poluição da água, do ar e do solo, pelo desmatamento em grande escala, e seus efeitos diretos e indiretos, como o buraco na camada de ozônio e o empobrecimento ou a desertificação dos solos, por exemplo.
Ao mesmo tempo, permite a sobrevivência de enormes populações concentradas nas áreas urbanas.
Esta parte do referencial propõe uma relação direta com os conhecimentos reunidos nas escolas dos não índios como as áreas de Física, Química e Biologia, e podem ser trabalhados com os estudantes em diferentes graus de profundidade, não só com aqueles que já estão estudando há mais tempo e sabem 1er e escrever.
Podem ser temas de desenhos, pinturas e conversas na sala de aula, servindo também para as atividades de alfabetização.
As ciências da natureza também se beneficiam de sua associação com a matemática. Planejar a exploração ambiental e socialmente equilibrada da seringa, castanha ou dos diferentes minérios, entre outros recursos naturais, exige