Produção e futuro da china
Conforme relatado na reportagem, a economia chinesa vem crescendo aceleradamente nas últimas décadas, em função do enorme número de produtos exportados pelo gigante asiático para todo o mercado internacional. Para conseguir essa expansão, as empresas chinesas contaram com um exército de trabalhadores rurais que migraram para as cidades, atrás de melhores oportunidades de vida, mas que acabavam recebendo salários baixíssimos, onde renda per capta chinesa pode ser comparada a um país como a Angola, que viveu em guerra durante muitos anos recentes. Mais de 500 milhões de chineses já passaram da linha da pobreza nos últimos 20 anos, mas a desigualdade social ainda é um grave problema em uma nação com mais de 1,3 bilhões de habitantes.
Além do baixo custo da mão-de-obra, as fábricas chinesas contam com o apoio do governo através de incentivos fiscais e investimento em infraestrutura das cidades, com a criação polos produtivos e principalmente um plano nacional de capacitação de mão-de-obra, onde jogam todos os dias no mercado milhares de engenheiros e técnicos prontos para o trabalho.
Mas a fase de eldorado começa a apresentar sinais de declínio. Primeiro fator observado é o crescimento no custo do trabalhador chinês, onde os estudos apontam para que em menos de 10 anos, um chinês ganhará tanto como um americano. E segundo que na China existe uma política de incentivo a se ter somente um filho para frear o crescimento da populacional, o que levou a população chinesa a envelhecer muito nas últimas décadas, reduzindo assim a oferta de mão-de-obra economicamente ativa. Diminuição da oferta de trabalhadores e melhoria nos níveis educacionais aumenta ainda mais o custo da mão-de-obra, incentivando o surgimento de greves e cobranças por melhores condições de trabalho e vida.
Outro fator a ser destacado é que os anos de comunismo aliado a falta de assistência social na terceira idade levaram o povo chinês a economizar bastante durante toda vida e a consumir muito