Economia
Preços do petróleo caem por demanda fraca e oferta ampla
Desaceleração do na Europa e na China influenciou mercado.
Há dúvidas sobre corte na produção para elevar preços.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (22), com a oferta ampla e a desaceleração do crescimento econômico na Europa e na China compensando expectativas de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O Brent para entrega em novembro perdeu US$ 1,42, a US$ 96,97 o barril.
O contrato dos EUA para outubro, que venceu nesta segunda-feira, caiu US$ 0,89, a US$ 91,52 o barril, tombando pela quarta sessão consecutiva. O contrato dos EUA para novembro desvalorizou-se US$ 0,78, a US$ 90,87 o barril.
Preocupações com a estagnação na Europa, que poderia contaminar outras economias, foram destacadas na reunião do G20 na Austrália no domingo.
Já as incertezas em relação às perspectivas de crescimento da China ganharam fôlego após o ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, dizer que o país não alterará sua política econômica em função de um indicador único qualquer.
O comentário veio dias após muitos economistas reduzirem estimativas de crescimento chinês, depois de a produção industrial crescer em agosto no menor ritmo em quase seis anos.
Investidores buscarão novas pistas sobre a perspectiva de demanda da China no Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar da indústria do país.
"O crescimento da China está desacelerando, o que mexe com o petróleo", disse o diretor de futuros do iitrader.com, Oliver Sloup.
Muitos analistas esperam que a Opep reduza sua produção de petróleo para desacelerar a recente queda das cotações da commodity, mas não está claro quão forte seria o impacto sobre os preços num momento de excesso de oferta e estoques altos.
"A oferta ampla continua sendo um fator importante. Mesmo se a Opep cortar sua produção, não terá um efeito grande", acrescentou Sloup.