Produção de texto
Ao tratarmos o texto como um produto, podemos apreender essa tese a partir de dois prismas; o primeiro se trata da concepção de que um produto é algo acabado, trabalhado, perfeito sem necessidade de retoques, pronto para ser utilizado. O segundo, trata a partir de uma perspectiva sobre a qual o texto seria um produto a ser consumido, ou seja, que sofrer a ação direta do consumidor.Aliamos por isso, esses dois prismas porque entendemos que o texto é um produto semipronto e, é o leitor, consumidor que irá interagir nesse processo que engloba produto e consumidor, que nada mais é que a relação texto leitor.
Por isso,para Marcuschi, é tão essencial a relação aluno/texto. Essa relação se deve porque o aprendiz que pretende elaborar textos necessita de uma proximidade com os mais diversos tipos de gêneros textuais e compreender as características de cada um, a que público se refere, qual a intenção, em que meio é vinculado. O aluno se depara com a realidade cotidiana a qual ele é um consumidor, inclusive de textos. O aluno se comunica através de gêneros textuais e no entanto, aprende nas escolas e com base nos LDP apenas por meio de frases.
Não é raro encontrarmos LDP que permanecem teorizando a partir de frases quando o que é mais eficaz para o aluno é o texto como unidade de ensino.Com o avanço da Lingüística Textual, pudemos notar avanços nessa área.Professores têm evoluído no sentido de ensinar a partir de textos.
Quando falamos que o texto está semipronto, abordamos algo essencial que se chama dialogismo, os textos dialogam entre si, seja escrito ou oralmente. O texto torna-se um produto pronto quando ele consegue comunicar algo a alguém, e, nesse momento ele começa a sofrer a influência do seu leitor nessa relação que surge. Essa é a função social da linguagem textual: um instrumento de comunicação. Por isso, falamos do texto como um produto não acabado e que para ser “ponto” precisa ser consumido pelo seu