PRODUÇÃO DE TEXTO - UM DIÁLOGO ENTRE O LEITOR E SUA ESCRITA
12 de agosto de 2012 às 22:31
Por Marcia Mendonça
Faz parte do cotidiano dos professores, principalmente de Língua Portuguesa, o eterno conflito interno entre a necessidade de ler e comentar os textos escritos pelos alunos, suas correções e as tarefas, impostas pela própria sociedade escolar, a qual traz em seu cerne, que a aquisição da escrita, não passa, necessariamente, por textos de autoria dos alunos e sim pelo ensino da gramática através dos livros didáticos. E nesse contexto, o professor se vê às voltas nesse debate interior, com a responsabilidade quase exclusiva de (re)ensinar a escrita.
Geraldi (1997), diz que o papel da atividade escrita poderia ser um espaço social de iinterlocuções, isso quer dizer que a opinião do outro é importante para quem produz a escrita e ela funciona como uma avaliação, quiçá importante na formação de uma auto-avaliação. Por que a avaliação em si é o escritor se perguntar ininterruptamente na expectativa de se fazer entender por seu leitor. Esse pensar livre e crítico proporciona que o aluno se coloque no espaço como um agente de sua própria aprendizagem, sem recalques ou baixa estima, mas interagindo-se de forma responsável. Uma aprendizagem, nesses termos é altamente valiosa. Nesse sentido, o escritor entendeu que sua escrita foi lida e interpretada por alguém, e para que essa leitura fosse feita de forma respeitosa, o leitor teve que conhecer o intimo de quem escreveu (Chartier, 2002).
Para quem lê um texto nos termos citados acima, está desenvolvendo e praticando uma relação social dialógica, visto que, está tentando ouvir o outro, procurando entendê-lo em sua realidade social. Esse processo proporciona a busca dos sentidos do texto, que é o próprio aprimoramento linguistico, não o imposto pelo professor, mas sim o que foi atribuído pelo próprio aluno. O professor deve interagir, nesse aspecto, como mediador, mostrando ao aluno que seu texto